segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Observo a Vida pela Janela



Observo a vida pela janela
Espreito por uma fresta
Sempre aquém da tela
Da vida
Há vida, vinda
Através da janela
Seguindo cada vez
Mais bela
Só pra me fazer lembrar
O quanto um dia
Já fui feliz
Simplesmente por ser parte
Dela
O dia que nunca termina
Determina enfaticamente
Reverberando querência
Continuamente aprendiz
Ser tudo aquilo que sou
Feliz
Percepções delitos ações
Vivo
A agridoce constante escolha
Sempre pensando além
Mesmo aquém da janela
Se é que ainda continuo
Indignada fresta sigo sou
O que trago e o que entrego
Intrépido estupidamente
Por ela vislumbro
A janela
Um dia me acho atravessando
O portal que me afasta
De mim e me rendo e me reencontro
Indo finalmente ao encontro dela


Renata Rothstein

Um comentário: