segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sideralmente caminho

Sideralmente caminho tempo adentro
Há dentro de mim – felizmente- um não poder
Instrumentando definições argumentos aflições
Soluções afora ao transpor lumes ventanias

Vagando na ânsia da procura delirando melodias
Entregar o que não há tornado imediato sempre igual
Somente poeira e lembrança restos da fogueira espacial
O permanente descrente desconhece determinismos

Eu não almejo triunfos oriundos da orgia
Lunática impregnada do pensar tudo
Doce sensação muito nada e vaga de pertencer
Repudio ao tédio meu repúdio avança pelo dia

Meio dia da vida dilúvio desvanecido
Enraivecido no mistral arrefecido
Aqueço esqueço antevejo o desprezo
Despeço andarilho o mítico andarilho

Sonho afogo o fogo assopro o ilimitado jogo
Jogado afago no cântico o despedido encanto
Expurgado alardeia-se apenas a claridade ardente
Das psicoeventualidades cremadas no pôr do sol


Renata Rothstein

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