terça-feira, 4 de outubro de 2011

Limiares

Limiares dos milhares risíveis sofríveis absurdos
Aviltante desonra resvalo mudo mundo afora
Agora os mundos fora resistem aqui dentro
Foram-se os nós, aqueles mesmos velhos sóis
Em nós sequências fragmentadas não declaradas
Mares artificiais em mim mudo inundo meu mundo
Perto do fim registro o que se apague quando
Vestígios de celebrações em mim civilizações
Ressurge um mundo anos luz do imundo mundo
Desiludido fascínio provinciano e repito quantos
Arquitetônicos espaços haverão nas estrelas que brilham
Fazendo do além céu um além mar invisível a fronteira        
Renasça pois no fim aquilo que nunca houve e traga
A entrega sacro devassa do encanto desenfreado
Perceptíveis zombarias psicóticos entes alhures
Apocalipses vidas em elipse fugas em eclipse
Mundos profundos recobro o inconsciente inconsistente
Recorrente frenesi na ardência impotente
Submeto ao jugo mítico o inventar
Do caos levanto fortalezas faróis me guiam
Cerro os olhos levanto caminho mundo
Corro invencível coro de sempre
Vislumbro cumpro devaneios nunca 
As certezas


Renata Rothstein

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