terça-feira, 22 de maio de 2012

O Canto dos Anjos Psicodélicos





Pólens impolutos pululam pérolas perdidas
Escadas galácticas invertidas intermináveis
Espaços passos no escuro medo o nada existe
Jogos de espelhos revejo o futuro do ontem
Inexato inexorável incipiente intransigência
Lá fora em algum inimaginado lugar luzes vagueiam
Dão lugar ao serpenteante ardil de solidões acompanhadas
Nos hospícios da vida trepidantes turbas mesclam-se a nós - e os nós
Cresce a trama inconteste dos dementes contrariados atados
Nulos e incertos acertos e erros anulo a minha incerteza
Deliro hostes desconcertadas de anjos psicodélicos
Espaços naves tempos cantos bélicos desestimulantes
Campos estranhamente floridos caminho e é você
Dentro de um outro eu verdadeiro - meu
Particípio de um novo princípio velado o antigo fim
Cremadas as glórias malsãs acordam novas manhãs
Áridos contratempos religam tão estranhamente
Quanto momentaneamente o impossível
Apressa o passo passa perece na prece prossegue
Chuvas chovem choram os rios na cheia obstinados
Insistem os rios correm transbordam engravidam a terra
Solitária.



Renata Rothstein

Um comentário:

  1. As visões que fazem de Você a Maior Poeta, são em tudo propiciadas pela musicalidade fabulosa do seu Verso!...Que Poema!!!!

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