segunda-feira, 4 de junho de 2012

Passos invisíveis



Passos invisíveis na manhã sem sol
E é o gosto das guerras por lá vencidas
Nos vãos das batalhas há muito perdidas
Caminhos caminhas caminho e é só o agora
Nada mais no lá fora do meu viver denuncia
É hora de incendiar as hipócritas armadilhas
Surrealizo as pegadas pego carona no nada
Antevejo os portões e as orgias ridículas ideologias
Raptos de pensamento capengas cérebros de cimento
Só pó e somente o pó indolentes blasfêmias
No conluio pérfidas almas gêmeas pensam tramar
Todos os seus muito poucos obsoletos pactos
Ricocheteiam os dardos dados sempre falíveis
E já que é só o agora eu caminho no indisfarçavel
Invisível...caminho caminhas pelos caminhos...
Não carregue tanto peso tanto pseudo sofrimento
Abandone em algum canto seu cérebro de cimento
E assim, siga perambulando indignidades
Sorrateiras desoportunidades abrandarão o dia
Eu permaneço invisível passo vivendo
Cada vez mais leve ignoro o rapto do dia
Suma logo pois na suma visibilidade
E leve apenas como lembrança
Tua alma vazia.



Renata Rothstein

Nenhum comentário:

Postar um comentário