domingo, 18 de março de 2012

O Peste ( Com carinho a todos os pestes!)

Sabedor de sua influência, gingado e malemolência
Vem o distinto cretino já enchendo a paciência
Domingo, segunda ou sexta, pois p'ra ele tanto faz
Só quer arranjar uma presa que o ature se for capaz
Peste de miolo mole... juízo não deu sinal
Agora segue insistindo o mala, amolando até o final!
Ele vem e permanece como quem vai infernizar
E a gente é que padece, pois nem o diabo o quer aturar
Adivinha como e por onde o desastre iniciar
E também - intuição de peste - por onde terminar!
Se existe algo que abomino é estar curtindo o domingo
E o "bom" peste surgir, do nada, visando minha paz tirar
Desgosto já deu, só de olhar! minha pobre samambaia!
Dela, o que será?!
Ainda por cima o peste tem um olho ruim de matar!
De tanto lidar com o tipo foi que procurei estudar
De onde e como eles vem, a que vem e principalmente
A pergunta que não quer calar:
Por que, Meu Pai do Céu, é que tal criatura existirá?
Talvez seja "coisa mandada" - comigo nem vem que não tem!
Saio correndo, a cavalo, ou fujo no primeiro trem!
Embora meio bizarro, é coisa que me faz meditar
Algo tão inexplicável, que faz algo existir, somente p'ra chatear
Não é coisinha tão simples que qualquer um pode alcançar!
No entanto, para meu espanto, a peste insiste, persiste
Não deixa de atormentar, basta encontrar um incauto
Para tudo recomeçar e sedenta, pensando que a gente
Ainda aguenta, não cessa de apoquentar
Segundo a pestologia, ciência humana e social - e mal paga
Baseada em experimentos com mostras de peste tipo I
Procriam-se em profusão, chateiam os inocentes
Adoram andar em bando de "não agradáveis" criando
Só confusão!
Não podem ver ninguém quieto que já pensam
No abjeto: " Oba!Já arrumei diversão!"
Qual seria o momento mais certo, haverá momento correto
Para o sujeito peste um desavisado atormentar?
Este é um grande mistério para o qual resposta não há
Aquele que descobrir, venha a público contar!
O peste, geralmente, além de sempre inconveniente
Normalmente é um ser que não pode levantar o sovaco
Sem que com isso derrube - de uma só vez! - uns três
Ou quatro!
Fica aqui só um adendo: ainda passeiam fedendo
Usam a sua roupa sua casa e a comida sempre acham pouco
E não estava tão boa assim! - mas só dizem isso depois do fim
Eu que não me engano, despacho bem rápido o peste
Ou perco toda a paciência e cometo pesticídio
Esgano eu mesma o peste e livro o mundo de um suplício!


Observação: Esta é uma obra de ficção, porém, qualquer semelhança com pessoas ou fatos da vida real, foi PROPOSITAL, mesmo!


Renata Rothstein

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