domingo, 4 de março de 2012

Renata

"Renata é a pronúncia do eco da tinta pingada sobre a pérola" (Eriko Alvym) Sou Renata, sou dilema, uma certeza feita de fogo aveludado e céus tremulantes. Um dia quis entrar, o pensamento não tinha porta, era pelos matagais que se entrava, formigas tiranossauras comandavam o ambiente, achei que a festa era boa, deu nisso, poesia? Uma sonata dedicada a um luar todo blues. Eu vim. Minhas armas tiro do brilho do olhar, e cortam, o sangue da palavra é um chocolate elétrico, assim como coloca-se ossos na perna do pirata tirados da estrela encharcada, a última alegoria poética é uma novidade que nem em cemitério se encontra, por isso estou dois passos na frente. Sou Renata, meu verso é feito de profanação e verbo divino, meu andar prescinde de carruagem, pois conheço a música pela sola do pé, nada me alimenta mais do que a desordem aparente, o pão da luz é um grão do céu, por quê deveria me contentar com o pobre cogumelo?
RENATA ROTHSTEIN

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