domingo, 19 de fevereiro de 2012

Revolta

Saudade repúdio dó asco indignação
Até quando arrastar-se-ão os pérfidos
Delirantes tarefeiros da desova do mal
Objetos abjetos objetivos traçados
Em mal traçados desastrados planos
Nas quermesses fantasmagóricas alegorias
Máscaras disfarçam a falsa dor e a falsa alegria
Tudo quanto exala é nada e a verdade fala
A verdade grita nas profundezas do silêncio
Pisam açoitam decaem sombreiam o dia
Nas difusas messes perjuram inconsciências
Celebram saltando no abismo da demência
Toda a sua decisão pelo desastrado crime
Abissal a corte os aguarda rondando como
Cão raivoso que os degreda e fere e corta
Degradante seol afastem-se logo de si mesmos
Porque já não vos pertence o ouro que
Ontem brilhava iludia corpos vendidos
Almas perdidas nunca mais horizontes
Não se espante há aos olhares tolos
Luxo de areia castelo que bruxuleia
Nas areias que voam ao vento
Nos momentos que vão com o tempo
As areias movediças finalmente engolem
Degolados insignificantes insignificados
Rumo ao destino siga então decida
Não se apresse não decida agora
Qual é seu preço? Diga seu preço, agora
Derrame sua frágil maldade sem alarde
Torture-se pois defronte ao espelho
Mais tarde mas é tarde quem sabe
Um dia dobre - ou não - seus joelhos
Ridícula sua alma em inanição
Sepulcral afinal seu ato final
Assine com louvor sua derrota
Sua pena - testemunha de um erro sem volta
Revolta.

Dura Lex Sed Lex. Será mesmo?
Renata Rothstein

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