quarta-feira, 20 de julho de 2011

Batida

Batida

Eu quero na pele
a batida
ardida, infinda
batuque refinado
quero sentir na batida
a síncope da orquestra
curo o erudito
e venço no grito
rebolo, contigo
resolvo o conflito
seguir a marcação
viver a batida
no batuque requebro
requebro na batida
calipígio refrão
Batida batuque
afro blues neo metal
sacrilégio, não ligo
é a batida
que meu corpo sibilante
anseia
passeia a batida
transpiro a sensação
Batida
despudorada agito
no ritmo sacro-tentação
Perdida encontro no tempo
Meu tempo
Batida
ondulante, vício serpenteante
Vibro na alma o grito silencioso
Delicioso
Batida
Me perco e esqueço o nexo
Viajo rendida
do simples ao complexo
Faço meu próprio compasso
O passo ondulante
compasso faço a batida
que produz o definitivo laço.
Renata Rothstein

Nenhum comentário:

Postar um comentário