segunda-feira, 18 de julho de 2011

Semáforos

Semáforos 

Radar radiante de luz, puro feixe faiscante de azuis
Rebrilhando fugidios raios de anseios de vida
Semáforos espaciais, segredos e sinais.
Na imensidão a pulsar, expulsar, veementemente
O que não é o sentido, a insensatez que tanta vez
Ensombrece, escurece, o que não pode ser
A pressa já não faz sentido
O tempo, agora, é amigo
Fez-se reconhecer...apenas, esperemos
Siga o rio, caudaloso rio, correr
Calmamente confiante na sua passagem
Fugaz, eternizada na aprendizagem
Assisto e aprendo e apreendo
E deixo (que jeito?) este rio seguir
Sem que eu queira ou o tente deter
Não adiantaria, seria perder o me debater
Um rio não vem à toa
Não vai sem rumo
Estupendo, misterioso, fulgurante
Rio caudaloso...me acho!
Ilusório riacho
E aqui eu me acho, me encaixo,
Livre para seguir,
Novamente, me permitir
E isso e o mais e tudo que vem
Existir.
 
Renata Rothstein

Nenhum comentário:

Postar um comentário