terça-feira, 26 de julho de 2011

Precipícios

Quem disse, afinal
que no final haveria salvação
no pretenso pré apocalipse,
se houvesse luz no vertiginoso eclipse
quem olhasse e visse, no vértice
a antítese da primazia antena-se
com a tenacidade
No passeio do lunático solitário
 trazendo no ombro o cajado
calado segue, encarquilhado
 escravo de sua própria solidão
entristece sobremaneira a sombria visão
do ex- aventureiro cruzando o espelho
vazando os sonhos perdidos
na lua da ilusão do mago corrompido amargo coração
vencido pelo louco amigo, seu pungente aflito pedido
Perdido. Considerando bastante a pressa do nunca chegar
o sábio reconhece a realidade inevitável
de ver que ao chegar, conclui-se-á, lá
Lunares mudanças trazidas no vento do indisfarçável
sinalizando que o tempo, implacável,
faz dos sábios o nada que se pretende
e torna a loucura sacrifício daqueles que ainda
pretendem, antes de todo o fim
trazer à tona, imolado
o esmolado eco do poço do djin
da loucura lunar que habita no
precipício, princípio de cada fim.
Fim, caminho, início
em mim.

Renata Rothstein

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