quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ciclos





Ciclo. Cio. Crio. Cedo. Creio? Cedo.
Devaneio iluminações transitando por terras prometidas não sei por quem
Silencio ciente do silencioso supersticioso silêncio sem saídas. Aquém
Anulam-se as certezas quando, postas as cartas todas sobre a mesa

Observatórios transitórios notoriamente anunciam o anonimato
Transacionando sensacionais anedotas fracassam sagrando o nada
Belígeros comboios lúdico lunáticos entoam seu tedioso mantra
Sangra na pureza da pena o dó do encontro no alvoroçado caos

Infalível, que te abraça, te ultrapassa, transpassa, ultrapassa
Dispensando o nó frouxo da dó desafinada dilacerada compaixão
Invadindo tão altivamente vivaz debulhando os cretinos grilhões
Aguilhões endereçados embaralhados ante a loucura normal

Na mesa sobram as incertezas expostas rudemente iluminadas
Pelas sempre verdadeiras cartas, que não mentem jamais
A saída é silenciosa e o supersticioso infelizmente não silencia
Cumprido o credo. Silencio, crio o sempre cio, inspiro o auspício, ciclos


Renata Rothstein

Um comentário:

  1. Renata é sempre bom ver seus trabalhos, algumas coisas o silêncio admira, há apenas o olhar passeando, como a sentir só o perfume ao mesmo tempo em que uma viagem se realiza. Por outras vezes, turbilhões de palavras insistem em se atirar e desaguar tudo que absorve da sua alma, porém...é impossível traduzir. Beijos!

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