sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Insistências


Confesso impactos apelando ao que não há
Além do sol, novamente as supernovas
Alardeiam o ardente fugaz
Intenso flamejante inclemente brilho
Quando as novidades afloram
Disseminando inconseqüências
Polindo no breu espectrais imagens
Do intensamente radiante
Que, infelizmente, verdadeiramente
Aqui, ainda não há
O exagero da abrupta chegada e despedida
Lá, já não existirá. Será?
Resistirá, porém. Ao longo da tentativa
Eterna, a sincronia sinfônica lagarteia
Adiando a boreal inexprimível analogia
No momento em que se tornaria,
Simplesmente, já não mais havia.
Não, não a via. Luzes sobrenaturais.
Tão naturais, pontos de vista pré fabricados
Naturalmente empírico facetados
Auto desajustados ajustam-se à situação
Supernovas. Ilusões pirotécnicas
Do antigo novo universo
Do breu a luz
Para a luz dar a luz
Ao breu, que é meu
Há ainda, a luz.
A sempre vida minha, que é luz
Luzeiro inacabado fiapo de recém criado
Enveredando pelo devaneio abóboda celestial
Abobalhado celeiro produção artesanal
Nós, os loucos, os poucos, os roucos
Gritamos mas não somos ouvidos
Pedimos, e somos atendidos
Garantindo mais um pouco
O avesso do que decidimos
Cifrando dificuldades aleatoriamente
Continuamos, supernovamente
Antigos, por todo o sempre,
Fora do espaço e do tempo vigente.
Apaga-se a supernova. Levantada a cortina
O show é acabado, mas o drama não termina
Realidades, ilusões, ilusões reais
Sanam somente simbólicas soluçantes serviçais
Insistências, forças, desistências, resoluções.
Lutas, vitórias, derrotas, disparates, importâncias
Sigo. Insistente. Penitente. Renitente. Eternamente.

Renata Rothstein



Um comentário:

  1. É tão formidável este Poema, que as palavras precisam de uma nova invenção, buscando defini-lo!

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