sábado, 6 de agosto de 2011

Um dia...





Um dia.
Imaginado imaginável inimaginável dia
O incerto transverso certo intrigante dia
Indica o farol do velho arrependido - por quê?
Quando já será encerrado o tudo que já se extinguia

Neste dia, alaúdes citarão realizados
O olho da sílfide de esguelha tudo vê
Entremeio entrevendo o entre-sai da zombaria
Cítaras citarão que os portões nacarados

No teu delirante sonho, humilde
Teceram-se sem grandes alardes pela amplidão
Daquele céu violáceo, que por segundos
Fez-se dantesco somente para exasperar

Saber real a possibilidade do impossível
Ser verdade, tornar a visão nítida e precisa
Quando faróis de olhos invisíveis te seguem
Perseguem, açoitam, corrigem, repelem

No estalido do piso por pés que estes chãos
Nunca pisaram, concertos consertarão
O que resta do que nunca houve, do que nunca ouvi.
A Chama Rubro da Imperatriz reinará, a ferro e fogo

Trará, com ensaiado escárnio "misencênico"
Aquele que semeou a guerra,
Plantou o dual e colheu o fogo.
Assuma! Suma. Troque sua carta de envelope

Mantenha a mensagem infra-miséria
Da anti-matéria destoante do tocante
Faroleiros autodidatas declamarão
O que os olhos terríveis invisíveis
Ensinaram - aprende-se a lição.

Cumpre-se a missão. Citado teu desconhecido nome pelas cítaras
Terá cessado a zombaria - esporrástica anomalia
Compreenderás que os deuses fagocitários
Prestarão a honraria, sorria pois,
Se repelem, corrigem, açoitam, perseguem

Trazem em carruagens fantásticas a sonhada
Outra vez alcançada miragem sofreguidão
Anoitece e o dia acontece, a noite transforma-se em dia.
Ex anomalia..
Um dia.

Renata Rothstein

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