segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nós, os Simplórios



Nós, os simplórios
E nossas raras cerejas, nossas muitas cervejas,
Nossos gracejos e nossos arpejos
Vivemos sabidamente insistentemente
Topando brincar de teimar simplificando o gracejar
Arpejar arpejo tantas vezes ameaçados de despejo
Despejo de nós mesmos notórios
Ingênuos porém argutos vivendo a muito custo
Simplórios destinos detidos inglórios
Nossas cervejas nossas cerejas nossas despesas
Despesas incalculáveis nem gosto de calcular
Prefiro tingir o cabelo de cereja, esquecer a despesa
Beber a cerveja e depois da cerveja simplesmente mijar!
Não se prenda não há renda o instante é o que há
Depois de tornar-se um simplório a vida é simples
É simplesmente ficar e ir ficando e levar
O problemático em levar é ir ficando e gostar
Triste destino de um simplório: gostar até de levar!


Renata Rothstein

Nenhum comentário:

Postar um comentário