domingo, 21 de agosto de 2011

Brochuras



Brochuras mata- borrões carimbos e auto-condecorações
Corredores senhas números escadas decoradas descoradas
Caras descaradas, petições, papéis, babacas de samba canções
Escaralhando experimentam a velha senilidade onisciente

Nada muda nesse mundano imundo mundo
Latidos alardeiam lerdezas ilesas e veja
Dano nódoa nado nada dana não há dolo
A lei larápia lavrando a lentidão dane-se se é gente

A gente ao largo largada dardos dados dedurados duram
Perfazem a pessoal imprestável prorrogação
Cachaceiros classificam deveres como se tais fossem favores
Deuses derrotados dedilham dramas desconhecidos das dores

Promotores da patifaria promovem a picardia
Permanecem sentados gozando da estranha alegria
Sentindo sarcástico sentimento coça-saco-alegria
Banalizam boatos sérios reparando que a bundardia

Miscigenam a caralhagonia vivida no dia a dia
Rascunhando perfeitas budegas em papéis anti-higiênicos
Resolução bem clichê atuando o bundalelê no poder
Esquecendo propositalmente de cumprir o próprio dever



Renata Rothstein

Um comentário:

  1. Perfeito hino de indignação!
    Quando o cidão não encontra eco no clamor, o Poeta torna eterno o grito, fazendo dele uma Arma Poderosa!

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