quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Eterna Aprendiz

Eterna aprendiz de universos infinitos, futuros presentes, esfuziantes
Sou apenas curiosa passageira de um circuito itinerante instigante
Milenares singulares minutos transcritos em tinta azul
Quando surpreendente segundos tornam-se alquimicamente

Magistrais e resplandecentes horizontes sem fronteiras da mente
O extremo simples e diferente - o paradoxal
Paradoxos pinçados diuturnamente no igual?
Sim. Diferentemente semelhança tal

Soergo nego meu ego permaneço sozinha pelo teatro divinal da vida
Indeléveis sempre espetaculares milênios
Sigo a mesma menina mulher
Eterna peregrina protagonista antagonista espectadora expectante

Transmutando eternidades em instantes
Coadjuvante atuação triunfante fulgura almejo o antes
A co-autoria da odisséia diria que a mim cabia - sabia
Permanecer é conhecer o risco de conhecer a transitoriedade

Às vezes, contra a vontade, arde no peito a clandestinidade
Quando o tudo que é possível sem aviso parte, regressa, permanece
É que se mede a discrepância do inverso da intolerância
Dentro da noite em mim os conselhos que, aliás, não requisitei

Retratos da imposição, conversam com minha'lma a pluma dourada
Sonhada e o plúmbeo meu lugar sótão solidão
Aprendo de vez a lição acarinho meu bipolar coração
Experimento nas manhãs translúcidas a vida

Vida. Vívida. Viva. Vivida. Rediviva
Permanente, por toda a Vida
Espelhos deformados auto quebram-se de contrariedade
Luzes invisíveis retornam trazendo o novo na semente da criação.


Renata Rothstein






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